Agricultura

Bovinocultura de corte saiba as raças que melhor se adaptam na região

Agricultura - 01/10/2024 11:00
Agricultura - 01/10/2024 11:0001/10/2024 11:00

Por: Cristiano Carlos Laste                                               
ERNM-I - Agropecuária                                              
Gerente Regional - ASCAR/EMATER-RS

A bovinocultura de corte, já há alguns anos, tornou-se uma importante atividade econômica no Vale do Taquari. Mesmo sendo uma região, onde a bovinocultura leiteira, as integrações de aves e suínos são muito fortes, a atividade de bovinocultura de corte é uma alternativa em muitas propriedades. Não nos moldes extensivos da região da Campanha, mas em sistemas onde utilizam instalações existentes nas propriedades, adaptados para o semiconfinamento ou até mesmo o confinamento dos animais. Aparentemente uma atividade menos “trabalhosa”, mas que também requer cuidados.
Todas as instalações, mesmo que adaptadas de outras atividades que foram abandonadas (bovinos de leite, aviários desativados, galpões, etc), podem ser simples, porém precisam oferecer a segurança para os membros familiares que estão na lida diária e também para os animais. Bovinos de corte têm um temperamento bem mais “nervoso” do que os bovinos de leite. Quando se sentem ameaçados atacam o que estiver pela frente. O local onde será oferecido a alimentação deve ser de fácil acesso tanto para os animais como para quem irá fornecer. Uma parte importante para o manejo dos animais, é o local onde serão feitos os tratos veterinários, tais como aplicação de vacinas, controle dos vermes e carrapatos.
A alimentação dos animais criados na região é muito variável e depende das características de cada propriedade. Os bovinos são ruminantes e têm a capacidade de transformar pasto em carne. A utilização de silagem de milho ou sorgo, com suplementação de ração concentrada fornecidos no cocho, são os sistemas que predominam. Propriedades um pouco maiores, também oferecem acesso à pastagem em alguma fase da produção, ou algumas horas do dia e depois a suplementação no cocho com silagem e ração. A Dieta de Alto Grão é utilizada em algumas propriedades onde, a mão de obra ou o tamanho da propriedade, limitam a produção de silagem. A alimentação é o item que mais influi no custo de produção. Este custo que determina a viabilidade do negócio e qual sistema de produção adotar. 
Na maioria, quase que totalidade dos animais, vêm de outras regiões do estado, pois nossas características de minifúndio dificultam o sistema de ciclo completo, onde o produtor tem as vacas e depois engorda o terneiro para o abate. São adquiridos animais depois de desmamados e criados até o abate. As raças preferidas pelos produtores são as britânicas, destacando-se o Angus (pelagem preta é Aberdeen e pelagem vermelha é Red), Hereford,  Brangus (cruza  Angus com Brahman) e Braford (cruza Hereford com Brahman). A opção pelas raças britânicas e suas cruzas, além do rendimento de carcaça (maior percentual de carne após abate), o que interessa ao produtor, é pela preferência do consumidor em relação ao gosto e maciez da carne destes animais. 
Também são realizados cruzamentos nas pequenas propriedades rurais, entre essas raças e vacas leiteiras de baixa produtividade ou que irão para descarte, visando a produção de carne de melhor qualidade para consumo das famílias ou mesmo para incremento de renda.

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