Em Encantado se estima que será necessário R$ 12 milhões para recuperar a capacidade produtiva na área de solo, esse é um dado importante que o engenheiro agrônomo da Emater de Encantado, Eduardo Mariotti aponta. Além de contabilizar os prejuízos e quanto será necessário para a recuperação do setor, a Emater auxilia a Defesa Civil Municipal, Estadual e Federal reportando o levantamento com os dados. “Num primeiro momento também realizamos o acolhimento das famílias, muitas estavam isoladas e ajudamos com água potável e alimentação”.
A Emater também recebeu e encaminhou doações de alimentação para o rebanho do gado leiteiro. “Essa é uma demanda que percebemos caminhando pelo interior, muitos produtores perderam a alimentação aos animais. E as roças e o tempo não estão com condições favoráveis para plantio. Assim, muitos estão se desfazendo do gado leiteiro para que possam garantir a alimentação até que consigam plantar novamente”.
E alguns dias deu início a etapa de reestruturação das propriedades, “o primeiro passo é o diagnóstico, porque os casos não são iguais. Indicamos aos produtores que tiveram o solo degradado, seja pela força da água, ou por deslizamentos e lama que façam a coleta e amostragem do solo para análise. A partir daí é possível indicar quais ações serão necessárias para recuperar esse solo seja com calcário, composto orgânico, cobertura do solo com pastagem adequada”.
A Emater também está elaborando projetos para acessar as linhas de crédito através do Pronaf e Pronampe. A linhas com taxas menores e prazo de carência maior, para propriedades que tiveram no mínimo 30% de perdas de estrutura, acessos, ou maquinários o financiamento pode ser acessado para compra de máquinas, equipamentos, construções, animais e recuperação de solo.
“E seguimos articulando com grupos potenciais de doadores para se fazer a recuperação de solo, a alimentação do rebanho leiteiro, e até a reconstrução de alguns acessos e pontes, porque é de extrema importância que o produtor possa voltar a produzir e tenha por onde chegar os insumos e por onde escoar sua produção sem elevar os custos”.