Por: Ilca Truccolo, equoterapeuta, pedagoga, neuropsicopedagoga, especialista em intervenção ABA e mãe atípica
A imagem do cavalo Caramelo que sensibilizou a todos, na catástrofe de maio deste ano, demonstra força e resiliência.
A relação de amor e amizade entre os gaúchos e o cavalo é muito antiga.
Os primeiros cavalos chegaram ao Rio Grande do Sul no século XVI, trazidos para as Missões por padres jesuítas espanhóis. Foram logo adotados pelos índios missioneiros para transporte, caça e agricultura.
O cavalo tem um papel fundamental na formação do nosso Estado, são anos de companheirismo nas guerras, no trabalho, arte, cultura e no lazer.
Eles tem uma capacidade incrível de perceber nossas emoções, pois conseguem detectar nossas expressões faciais, linguagem, ouvem nossos batimentos cardíacos, reconhecem nosso tom de voz. São sociáveis, capazes de formarem laços emocionais muito fortes. Assim, respondem ao nosso estado emocional.
São exemplo de disciplina, basta observá-los, mudam o comportamento para cada atividade proposta.
Sua comunicação ocorre por expressões corporais, com a forma de olhar, é magnífico quando estamos alinhados e conseguimos entender. Essa relação é fundamental para a confiança, depois de adquirida se torna indissolúvel.
Hoje 20 de setembro, é justo que façamos uma singela homenagem a esse ser que transforma vidas, sem julgamentos, de forma humilde e encantadora.
O cavalo, em especial os que realizam sessões de Equoterapia, em uma línguagem não verbalizada,diz ao seu cavaleiro: Aceito-te exatamente como tu és, sem discriminação de espécie alguma.