Por: Eduardo Pittol - Empresário

Para fechar nossa série de textos sobre transformação, vamos falar sobre como validamos soluções para nossas hipóteses.
Sabendo o motivo real da hipótese será implementado de melhoria na empresa, precisamos ir para a prática. Um erro neste momento é buscar uma solução tecnológica ou até mesmo uma consultoria para que solucione o problema. Esse não é um bom caminho. No primeiro texto, eu falei da importância das lideranças estarem envolvidas no processo de transformação. E é aqui que ela se torna mais importante. Ela é quem tem o papel de apoiar a construção da solução que atenda a hipótese definida. É fundamental pensar no simples para achar a solução. Vamos trazer um exemplo da área de pessoas. Supondo a empresa tem dificuldade em aumentar as vendas e a hipótese levantada para esse problema é a dificuldade em contratar pessoas com conhecimento básico em vendas. Uma possível solução é a criação de um minicurso ministrado para os candidatos a vagas de vendas. Tenho certeza que todo gestor de vendas tem um bom conhecimento do que um profissional para ser um bom vendedor dentro da empresa. Esse pode ser um bom conteúdo para o minicurso. Mas aí, esse gestor não sabe transformar esse conteúdo em aula. Nesse momento vem a importância de ter uma boa rede de contatos. Então é só procurar na rede por pessoas que já possuem experiência em montar e ministrar aulas e pedir ajuda. As pessoas têm uma predisposição para ajudar. Falo por mim. Participo de diversas ações voluntárias e, sempre que possível, ajudo individualmente pessoas da minha rede. E, claro, peço ajuda e conselhos quando preciso.
Estando próximo do processo de transformação vamos poder avaliar o que funciona e o que não funciona. Durante o processo existirão mais erros do que acerto. É importante saber conviver com eles. Mas o mais importante é gerar conhecimento a partir deles, ajustar a rota e partir para a próxima. Por isso os indicadores que citei na semana são importantes. Eles são o guia para essa tomada de decisão.
E dentro de tudo isso, desistir da hipótese é opção. Não por preguiça, mas por entender que não foram encontrados caminhos válidos para uma solução. Mas isso não significa parar, é buscar outra hipótese e trabalhar nela. O mais importante é nunca parar com a transformação. Com o tempo, diversas hipóteses estarão rodando em paralelo e a cultura da transformação estará permeada dentro da empresa