Por: Daniel Ângelo Passaia
O assunto hoje é uma narrativa por meio de linguagem figurada, objetivando transmitir uma moral do liberalismo. A parábola do nada. Contam os antigos que certa vez, em uma sociedade determinada, as pessoas estavam passando por diversas dificuldades, principalmente na saúde, segurança e outros segmentos não menos importantes, pelo fato do governo ter se endividado muito, interferido no mercado e determinado o que as pessoas poderiam ou não fazer. As reclamações ecoavam.
Os políticos então reuniram-se e começaram a debater, a se organizar e a levantar soluções de intervenções e regras infinitas. As reuniões não acabavam. A sociedade e os indivíduos, que viam o tempo passar, cansados, começaram a tomar suas providências. Fundaram um hospital e abriram uma farmácia, resolvendo a questão da saúde. Empresas de segurança privada começaram fazer a vigilância e fundaram um presídio particular. Do mais simples ao mais complexo, tudo foi sendo ajustado pelo livre mercado, com suas falhas, mas que aos poucos foram sendo aprimoradas.
Passados alguns anos os políticos apresentaram à comunidade uma centena de leis para resolver todos os problemas criados anteriormente por outras leis, mas quando viram, as demandas já haviam sido solucionadas.
Diante desta realidade, pediram a cada um dos indivíduos alguma sugestão do que eles (políticos) deveriam fazer. Todos responderam: continuem fazendo o que fizeram até agora. Os políticos exclamaram: mas não fizemos nada! E a população respondeu: Isso mesmo. Deveriam ter feito nada há muito mais tempo.