Por: Daniel Ângelo Passaia
As tais mudanças climáticas (se é que existem) não são culpa do homem. Seus efeitos destrutivos sim, pela inércia na autoproteção. Passou do tempo de enfrentarmos concretamente os problemas que nos afligem há muito, os quais com a tecnologia da era moderna, podemos resolver. Eu era adolescente e início dos anos 2000 ocorreu uma forte enchente, que diziam: é a maior, não será superada. Em 2010 veio uma maior, que jamais seria superada. Em 2020, ela chegou, porém, jamais seria superada. Em 2023 nem preciso relembrar. Ah! Agora não tem como vir maior. Pois bem! Sabemos o que ocorreu neste mês de maio, com efeitos não apenas regionais, mas sim, em todo estado. O que foi feito de 2000 para cá para proteção dos municípios contra enchentes? De fatos concretos, muito pouco ou quase nada. A população já está farta de sofrer com os mesmos problemas. Sei que a solução não é simples, todavia o que aponto aqui é pior do que isso: não houve sequer um movimento no sentido de amenizar as enchentes (dragagem, ajustes em afluentes, plano diretor condizente, planos de evacuação, treinamentos, exploração econômica do rio, leis ambientais menos burocráticas). Se a solução atual deve vir da política, então está mais do que na hora de prefeitos e vereadores se unirem pela causa municipalista, conclamarem a iniciativa privada, pois em que pese os problemas de cada um não serem os mesmos, é aqui que eles são resolvidos. Se as bases não pressionarem, não será Brasília, por livre e espontânea vontade, que resolverá. Se este será o novo normal, então o alerta já foi dado: precisamos agir.