Por: Daniel Ângelo Passaia
Após receber a notícia que uma Comissão do Senado aprovou a legalização de cassinos, jogo do bicho, bingos e corridas de cavalo, pensei comigo mesmo: o primo do vizinho do meu melhor amigo vai parar de jogar. De início é importante dizer que não houve ainda a liberação destes jogos de azar, no entanto, a simples abertura do debate político sobre os mesmos, demonstra o quão importante é o diálogo deste tema, quebrando o tabu. O segundo ponto é que me preocupei com o primo do vizinho do meu melhor amigo. Ele adora o governo centralizador e suas intervenções, mas não joga na MegaSena, apenas jogo do bicho, porque confia mais neste último (existem pesquisas que apontam tal conclusão). É esquizofrênico, mas é a realidade (por mais ambíguo que isso seja). O que se pode extrair disso é que onde o dedo do governo toca, o descrédito passa a ser maior e por isso o primo do vizinho do meu melhor amigo prefere o jogo do bicho, porque realmente é mais confiável. O contrassenso é que para outras tantas coisas, ainda acreditamos que o governo centralizador (como a União ou estados) são a solução. O que funciona bem vai ser no máximo o município, que é onde o dinheiro deveria ficar, para auxiliar quem necessita e não atrapalhar quem quer gerar riqueza. Por exemplo, no Projeto dos jogos de azar vi que a intenção é permitir apenas um cassino por estado, provavelmente para privilegiar algum parente dos deputados e jogo do bicho uma casa para cada região de 700 mil habitantes. Além disso o cassino deverá ter capital social de 100 milhões de reais, ou seja, inibindo o pequeno de crescer e gerar riqueza local, impedindo a livre concorrência. É evidente que o governo centralizador quer intervir e regular tudo, prejudicando a população e os pequenos empreendedores. Precisamos de menos governos centralizadores, o que depende de uma luta incessante dos municípios por um novo pacto federativo.
Que comecem os jogos!