A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) alerta à população gaúcha sobre a necessidade de esforços conjuntos de toda sociedade para combater o avanço da dengue e do mosquito Aedes Aegypti transmissor desta e de outras doenças, tais como Chikungunya e Zika.

Nas últimas semanas, o estado registrou aumento no número de notificações de casos suspeitos de dengue. Desde o início do ano de 2022 até o dia 31 de março foram realizadas 12.250 notificações e confirmados 3.616 casos cujo local de infecção foi no RS distribuídos em 100 municípios. O estado já registrou uma morte confirmada por dengue, enquanto que outras sete mortes estão em investigação.

Em 2021, casos confirmados de dengue foram registrados ao longo de todos os meses do ano, diferentemente dos anos anteriores, quando havia um período no qual eles eram mais frequentes (normalmente de fevereiro a junho). Também em 2021, foi registrado o maior número de casos e óbitos cujo local de infecção foi no RS: 9.803 casos e 11 óbitos

Até o dia 31 de março deste ano, 435 municípios gaúchos estão infestados pelo mosquito Aedes Aegypti, o que significa que em 87,5% do território.

Municípios Infestados por Aedes aegypti na região da 16ªCRS

 Anta Gorda, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Cruzeiro do Sul, Dois Lajeados, Encantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, Forquetinha, Lajeado, Ilópolis, Marques de Souza, Muçum, Nova Brescia, Paverama, Progresso, Putinga, Relvado, Roca Sales, Santa Clara do Sul, São José do Herval, São Valentim do Sul, Taquari, Teutônia, Travesseiro, Vespasiano Correa, Westfália, Doutor Ricardo, Imigrante e Coqueiro Baixo

Quais os sintomas da Dengue?

Febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo, vômitos, diarreia e náuseas;

O que fazer no surgimento de sintomas?

• Procurar atendimento de saúde;
• Evitar automedicação, mas se necessário medicar atendimento à saúde, optar pelos analgésicos simples: Paracetamol e Dipirona;
• Não utilizar anti-inflamatórios (naproxeno, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, nimesulida);
• Estar atento para casos suspeitos ou confirmados na sua cidade, caso isso aconteça entrar em contato com a Secretaria de Saúde do seu município.

Medidas individuais de proteção

• Utilizar repelente de dengue;

• Utilizar repelente de ambiente;

• Utilizar roupa que proteja braços, pernas e pés;

 • Usar mosquiteiro em especial em pessoas acamadas ou crianças;

 • Telar portas e janelas das casas

Ciclo de vida do mosquito

Os mosquitos adultos vivem de 30 a 45 dias. Quem se alimenta do sangue das pessoas é a fêmea. Ela precisa disso para que os ovos se desenvolvam completamente. Após acasalar com o macho, a fêmea procura locais com água limpa para depositar os ovos. As larvas viram adultos dentro de um período de 7 a 10 dias. Os ovos são altamente aderentes e podem ficar grudados em paredes de recipientes até um ano.

O que fazer para combater o mosquito

• Revisar a área em torno da residência ou local buscando por água parada/acumulada • Limpar as calhas nas residências ou prédios;

• Retirar do pátio potes, pneus, garrafas, latinhas ou outros recipientes que possam acumular água da chuva;

• Jogar fora a água acumulada dos potes, não pode jogar a água em outro local com água, pois o mosquito continuará o ciclo de vida;

• Evitar pratinhos nos vasos de plantas, mas se não for possível, colocar terra ou areia até a borda;

• Garantir que caixas d’água ou cisternas estejam vedadas;

• Cobrir possíveis saídas (ladrão) com tela ou meia de nylon;

• Acondicionar o lixo em sacos bem fechados e protegidos da água da chuva.